Por um Serviço de Saúde sustentável
Importa identificar qual a real carência nos diferentes grupos profissionais e planear atempadamente as admissões
O fim do congelamento das carreiras da administração pública através do orçamento de estado para 2018 permitiu recuperar algum tempo de serviço e corrigir algumas injustiças, num processo que ficou aquém das expetativas, por interpretações que geraram desconformidades que tardam em ser corrigidas e onde ainda perduram desigualdades.
Por estes dias a nível nacional foi apresentado o plano de emergência para o setor da saúde, atendendo ao contexto que lhe deu origem não passará de um paliativo temporal não solucionando os problemas de fundo. O serviço público de saúde é responsável por garantir o direito fundamental que o cidadão tem à proteção da saúde, devendo ter à sua disposição instalações e recursos com um dispositivo organizacional eficiente, consistente e descentralizado que não esteja condicionado pela pressão dos ciclos eleitorais nem pela ausência de planeamento. Não basta estar focado apenas no tratamento agudo da doença, onde se constata sempre um exagerado gasto de recursos num ciclo repetitivo que gera novas necessidades e acaba por não atingir os objetivos pretendidos.