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Madeira

Deputado do Chega acusa Marcelo de insultar a História e os antigos combatentes

Foto DR/CHega
Foto DR/CHega

O deputado do CHega Madeira na Assembleia da República, Francisco Gomes acredita que "a insistência de Marcelo Rebelo de Sousa em que Portugal pague reparações históricas às antigas colónias constitui um ato de traição à História portuguesa e aos antigos combatentes, assim como prova de que o presidente da República está moralmente diminuído nas suas capacidades como chefe de Estado", lê-se numa nota a dar conta da posição do eleito. "Descrevendo as observações de Rebelo de Sousa como 'o ponto mais baixo da sua presidência', o parlamentar do CHega sente que Portugal foi irrefletidamente arrastado para uma situação de embaraço à escala internacional", lamenta.

"A História de Portugal é motivo de orgulho e não de vergonha. Em todos os quatro cantos do mundo, existe uma marca portuguesa, espelhada na universalidade da língua de Pessoa e Camões. Que um chefe de estado não tenha capacidade de reconhecer isso mesmo e não seja o primeiro a defender o legado que os nossos antepassados deixaram, merece reprova e condenação nacional", diz o deputado na República

Esta situação surge na sequência das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que levou a bancada parlamentar do CHega, que Francisco Gomes integra, a solicitar "a realização de um debate de urgência na Assembleia da República sobre a questão da reparação histórica às antigas colónias. A iniciativa promete aquecer o hemiciclo e dará a todos os partidos com representação uma renovada oportunidade para se expressarem sobre o assunto", calcula.

"Tentar manchar a nossa orgulhosa História é também desrespeitar os nossos antigos combatentes, muitos dos quais ainda jazem em terras africanas e milhares de outros que regressaram a um país que nunca os abraçou verdadeiramente. Esses homens lutaram guerras que não escolheram, fizeram o maior dos sacrifícios e não merecem que o filho do governador-geral de Moçambique chame a nós tal vergonha", acrescenta Francisco Gomes.  

A concluir, o deputado "acusa Marcelo Rebelo de Sousa de querer dar palco às tendências ideológicas da Esquerda e de contribuir levianamente para a divisão do país, numa fase em que, na sua opinião, a sociedade já está sobejamente fraturada". E cita Francisco Gomes: "Ninguém percebe porque é que Marcelo foi buscar o discurso miserável da Esquerda fundamentalista e fraturante. Essa tentativa deplorável de reescrever uma História que foi gloriosa só pode ser entendida como fraqueza mental ou desvaneio emocional, que são estados de espírito irremissíveis no homem que é também comandante supremo das nossas Forças Armadas."