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Conselho de Segurança vai votar pedido de adesão da Palestina à ONU

Foto HENRY NICHOLLS / AFP
Foto HENRY NICHOLLS / AFP

O Conselho de Segurança vai debater e votar na quinta-feira o pedido apresentado pela Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, disseram fontes diplomáticas.

As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram à agência de notícias France-Presse na terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo sobre a situação na Faixa de Gaza.

Esta reunião do Conselho de Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de diplomatas de vários países árabes.

Na terça-feira à noite, a representação da Palestina junto da ONU publicou na rede social X (antigo Twitter) um texto em que os países árabes demonstraram "apoio total" ao pedido palestiniano.

"Apelamos a todos os membros do Conselho de Segurança para que votem a favor do projeto de resolução apresentado pela Argélia em nome do grupo árabe (...). No mínimo, imploramos aos membros do Conselho que não obstruam esta iniciativa essencial", afirmaram.

O projeto de resolução da Argélia recomenda apenas à Assembleia geral da ONU que admita "o Estado da Palestina como membro das Nações Unidas", algo que requer uma maioria de dois terços.

De acordo com a Autoridade Palestiniana, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem unilateralmente o Estado da Palestina.

No entanto, a adesão de um país à ONU só pode ir a votação na Assembleia geral após uma recomendação do Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos, aliados de Israel, podem usar o poder de veto.

Na semana passada, o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, admitiu aos jornalistas que a posição norte-americana não mudou e o reconhecimento total da Palestina devia ser negociado bilateralmente entre Israel e os palestinianos, não na ONU, embora não tenha dito explicitamente que Washington ia vetar.

A Palestina é considerada um Estado observador na ONU desde 2012, um estatuto que partilha com o Vaticano. Em 2021, pediu a entrada como membro de pleno direito.