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Crónicas

Subsídio mobilidade: os burros somos nós?

A redução de 30% dos impostos nada tem a ver com ser rico ou pobre. É apenas por sermos ilhéus. O IVA é absurdo. Castiga todos

É insuportável o impasse à volta do subsídio de mobilidade. Um direito constitucional que parece ser indesejado por quem tem a obrigação de organizar e fazer funcionar.

Já diz o povo que o que nasce torto assim se perpetua. Parece ser o caso.

Lembro-me de ir aos Açores em Março de 2014 e ao reunir com o Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga (PS e ex-líder da JSD regional), ter-me confidenciado que, daí a um ano em um de Abril, iria nascer um subsídio de mobilidade com as características que hoje tem para os açoreanos. Custava a acreditar, tal era o benefício e a eficácia do mesmo, o sistema “cozinhado” entre os governos regional e nacional: os residentes nos Açores viajariam para o Continente por 99€.

Primeiro facto é o do subsídio de mobilidade ser invenção açoreana.

Passou-se bastante tempo até ouvirmos falar do tema na Madeira. Logo foram introduzidas especificidades madeirenses de todo dissuasivas do sistema anunciado pelo governo dos Açores. Um tecto no preço para subsídio colocou-nos à mercê das companhias aéreas e proporciona uma forma encapotada de dar dinheiro público à TAP. Pior ainda é permitir atribuir a especulação de preços à oferta e procura. Um absurdo da governação à portuguesa. Por cá fomos na conversa mole. Quisemos introduzir contenção num sistema todo aberto à procura pelo residente. Piorámos, ou aceitámos piorar, o sistema em prática nos Açores.

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