O poder perde-se
MiguelO sistema democrático, depois de séculos de experimentação de outras (e “desastrosas”) formas de organização política, é aquele que melhor permite o controlo do poder e dos seus excessos, mas também definir com rigor e precaução o papel (e estatuto) do governante, dos partidos políticos, das instituições, … dos cidadãos livres (e participantes) na gestão da res publica (coisa pública, o Estado e sua administração) e das relações existentes entre eleitos e eleitores. A relação de poder – assente na confiança recíproca, na busca do ‘Bem Comum’ e numa colaboração que se deseja benéfica para todos – é a essência da democracia, sistema político que permite em qualquer altura uma variação (alternância) nas posições ou cargos ocupados e o acesso de todos os cidadãos ao poder, isto na medida em que as democracias aumentam (ou devem ampliar) o poder, os direitos e liberdade(s) de cada cidadão.