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Investigação Judicial Madeira

Atrasos no arranque do interrogatório motivados por "lapsos na apresentação do MP"

Defesa alerta para detenção por tempo excessivo dos arguidos

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Foto MP

Os sucessivos atrasos no início do primeiro interrogatório judicial dos três arguidos detidos no âmbito do processo de alegada corrupção na Madeira prendem-se com "lapsos na apresentação do Ministério Público" e "dificuldade de ter acesso aos elementos", indicaram esta segunda-feira, 29 de Janeiro, após o terceiro adiamento consecutivo da fase de inquérito. 

À saída do Tribunal Central de Investigação Criminal depois de mais uma tarde de diligências perante o juiz, o advogado de defesa do empresário madeirense Avelino Farinha, Raul Soares da Veiga, justificou que o juiz de instrução criminal, Jorge Bernardes de Melo, detectou uma série de "lapsos" no processo apresentado pelo Ministério Público, questionado sobre que falhas são essas, respondeu: "havia de tudo". 

Durante esta tarde os arguidos foram novamente presentes a tribunal para o suposto interrogatório que acabou por dar lugar a uma série de requerimentos, entre eles um pedido por parte da defesa para aceder a todas as provas indiciárias tendo em conta o fim do segredo de justiça interno. 

Paulo Sá e Cunha, a representar o autarca demissionário do Funchal, Pedro Calado, lembrou as "dificuldade de ter acesso aos elementos" que também condicionaram o arranque do interrogatório dos investigados, algo que, confessa, é compreensível tendo em conta que grande parte dos elementos probatórios foram recolhidos na Região Autónoma da Madeira e apenas chegaram ao território continental na noite de quinta-feira.