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Madeira

“Se não lutarmos não há vitórias”

David Francisco, porta-voz do Movimento contra o teleférico do Curral das Freiras

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Dezenas de pessoas, entre as quais líderes de partidos políticos – CDU, BE e IL – juntaram-se esta manhã ao movimento que se opõe à construção do teleférico no Curral das Freiras, ‘Movimento é possível impedir a destruição do Paredão e da Doca da Corrida’.

Antes da caminhada pelo troço interdito à circulação da antiga estrada regional de acesso ao Curral das Freiras, David Francisco, o porta-voz do Movimento, reforçou a ideia que “se não lutarmos não há vitórias”.

Razão para insistir em acções que promovem “a defesa da Natureza, a defesa da paisagem”, neste caso do vale do Curral das Freiras, convicto que “é possível evitar a destruição”.

Evitando associar a crescente adesão à “situação politica-judicial regional”, o rosto do Movimento admite que os acontecimentos recentes trazem renovada esperança não só ao esforço daqueles que se opõem ao contestado projecto do teleférico, mas também à Madeira. “É uma renovada esperança para a Madeira e nós vamos continuar a nossa luta”, assegurou.

Tanto assim é que aproveitou a concentração de participantes, na Eira do Serrado, para anunciar nova acção, uma concentração piquenique, no dia 11 de Fevereiro, desta feita no Paredão, a partir das 11 horas.

Faz também notar que “há muito mais gente do que parecia, interessada na defesa do vale”, por sentir, não só no terreno – hoje participam na caminhada perto de meia centena de pessoas – que “o apoio ao Movimento tem sido crescente”.

Justificou a opção de promover a caminhada pela antiga estrada regional desactivada, devido ao perigo de queda de pedras, por entender que a mesma deveria ser reaberta por entender que a mesma, sim, tem um grande potencial de atracção turística.

“Enquanto há projectos de milhões que não interessa a ninguém temos a estrada antiga, que é uma construção fabulosa e seria uma atracção turística fabulosa, encerrada”, criticou.

Minimizou o risco de queda de pedras e a ousadia de enfrentar o perigo nesta acção que arrastou consigo dezenas de caminhantes, entre os quais, um significativo número de turistas. “As pedras hão-de cair sempre”, admitiu, mas também disse que “se formos fechar as estradas da Madeira onde cai uma pedra, nós não tínhamos estradas. Estava tudo fechado”