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Morreu Avelino Tavares, homem-forte do Funchal Jazz nos anos de Albuquerque à frente da CMF

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Morreu Avelino Tavares, programador e organizador do Funchal Jazz durante os anos em que Miguel Albuquerque esteve à frente dos destinos da Câmara Municipal do Funchal.

Responsável por entidades como a Discantus e o MC - Mundo da Canção (revista e empresa), esteve ligado à organização de importantes festivais como o Intercéltico.

Nascido na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis, no continente, instalou-se no Porto na juventude, cidade onde viveu durante quase toda a sua vida, com excepção de um período, na década de 60, em que estudou na cidade francesa de Poitiers.

A sua actividade em prol da música tornou-se constante a partir do início da década de 1970. Como promotor, esteve ligado aos ‘Convívios MC’ na Galeria Alvarez, inaugurados com a presença de Manuel Freire e que chegara a contar com a presença de vultos das artes plásticas, como Maria Helena Vieira da Silva, conforme recorda o Jornal de Notícias.

Enquanto divulgador, produziu e realizou, na Rádio Delírio, programas dedicados à divulgação de vários géneros, além de ter sido editor da segunda série do jornal 'A Memória do Elefante' e autor de vários livros e trabalhos fonográficos.

Foi a partir do anos 80 que o seu trabalho ganhou mais visibilidade, com o início de uma intensa actividade de produção, organização e divulgação de espectáculos, tendo recebido em várias salas da cidade do Porto artistas como José Afonso, Leo Ferré, Paco de Lucia, Carlos Paredes, Fausto, José Mário Branco, Gal Costa, Egberto Gismonti, Maria João Pires, Astor Piazzola, Rui Veloso, Miles Davis, Pablo Milanés e Cesária Évora, entre muitos outros. A par da promoção de espetáculos, foi ainda agente de bandas como Arte e Ofício, Pesquisa, Roxigénio ou Smoog.

Quem já reagiu à morte de Avelino Tavares foi Miguel Albuquerque, recordando o amigo de longa data.

Recorde a entrevista publicada pelo DIÁRIO em 2006 na sua Revista, feita pelo saudoso jornalista do DIÁRIO José Salvador a Avelino Tavares