Boa noite!

A nova temporada futebolística começa por estes dias, com alguns madeirenses na I Liga, mas sem equipas da Região no mais alto patamar da competição nacional.

Sabemos todos a quem agradecer a despromoção que também é colectiva pois equipas que sempre tiveram apoios públicos e fizeram negócios pagos pelos contribuintes deviam ter feito bem mais do que lutar para não descer. E melhor. Os azares, tal como as desculpas, evitam-se.

O mal está feito. Por isso para a época que agora começa com futebol de segunda pede-se trabalho, dedicação e honestidade, transparência, atrevimento e estratégia. Poderá ser pedir muito. Mas de forma fria e sem clubismos à mistura, é o mínimo exigível a quem ganha bem acima da média, a quem não tem carga horária semanal igual aos demais e a quem tem mordomias que chocam em plena crise financeira.

Cabe a cada cidadão adepto ou gestor cobrar responsabilidades em cada jornada sem contemplações, empenhar-se em moralizar o jogo jogado e falado e ter legítimas aspirações, sendo que ao Marítimo e Nacional pede-se o aparente impossível, o regresso à I liga, embora todos partam em pé de igualdade.

Que ganhem sempre os melhores, aqueles que fazem por merecê-lo. Que brilhem os talentosos e não os que têm lugar cativo mesmo sem terem jeito para a arte. Que se façam bons negócios sem descurar a formação. Que haja bom senso e tento na língua dentro e fora de campo. Que possa haver festa à boleia do espectáculo que tem preço. E que surjam os empresários prometidos e os investimentos sonhados, para que o futebol profissional não  dependa dos subsídios e dos amadorismos que os mesmos geraram.