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China insta os EUA a encontrarem um meio-termo para melhorar a relação económica

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O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, instou hoje a secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, a melhorar as relações económicas entre os dois países, através do diálogo, e a encontrar um meio-termo.

"Relações económicas fortes e cooperação comercial não são apenas benéficas para os nossos dois países, mas para todo o mundo", disse Li, segundo declarações divulgadas pela cadeia televisiva Phoenix TV.

Durante um encontro com Raimondo, em Pequim, o primeiro-ministro chinês declarou que as relações económicas e comerciais entre os Estados Unidos e a China são "como uma 'âncora estabilizadora'" para o mundo.

A responsável norte-americana vai visitar na quarta-feira Xangai, a última paragem de uma visita de quatro dias à China.

Raimondo também reuniu hoje com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, e com o ministro da Cultura e do Turismo do país asiático, Hu Heping.

Ambas as partes mantiveram discussões "sinceras, pragmáticas e construtivas", segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

Não foram dados mais detalhes.

Na segunda-feira, Raimondo reuniu com o homólogo chinês, Wang Wentao, que garantiu estar disposto a trabalhar para "criar um bom ambiente político" que permita às comunidades empresariais de ambos os países "fortalecerem a cooperação".

"As nossas trocas comerciais ascendem a 700 mil milhões de dólares. É extremamente importante que tenhamos relações económicas estáveis", indicou Gina Raimondo ao seu interlocutor. "É um relacionamento complicado, um relacionamento difícil", admitiu.

"É claro que discordaremos em algumas questões, mas penso que podemos avançar se formos diretos, abertos e pragmáticos", assegurou Raimondo.

Entre as principais divergências estão as restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de determinados produtos norte-americanos, em especial de alta tecnologia, para a China.

Washington considera esta medida crucial para preservar a sua segurança nacional. Mas Pequim acredita que o objetivo principal é limitar o seu crescimento económico e desenvolvimento.

As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.