Regionais 2023 Madeira

"Obras inacabadas criam zonas de exclusão social", aponta Edgar Silva

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O candidato da CDU às eleições regionais promoveu, esta segunda-feira, uma iniciativa política na zona dos Álamos

"A zona dos Álamos é um dos exemplos mais evidentes de como, ao longo de vários anos, o povo tem ficado de fora do Orçamento Regional. Faltam investimentos urbanísticos, faltam infra-estruturas rodoviárias, faltam equipamentos públicos, falta a reabilitação habitacional", afirmou hoje Edgar Silva, durante uma iniciativa de pré-campanha na freguesia de Santo António no Funchal.

Para o candidato da CDU "as obras inacabadas entre o Vale da Penteada e os Álamos penalizam o povo que ali vive e criam abismos de desigualdade social que se arrastam há vários anos, sem que o Governo Regional revele o mínimo de vontade política para a resolução dos problemas que ali se agravam".

O cabeça-de-lista às Regionais de 24 de Setembro recorda que o Governo Regional da Madeira comprometeu-se a "implementar desde o Vale da Penteada até aos Álamos, no concelho do Funchal, um polo de progresso social e cultural", mas "depois de construídos alguns dos empreendimentos públicos previstos, os governantes abandonaram aquela zona".

"Muitos terrenos" naquela zona foram expropriados, mas os projectos de desenvolvimento "nunca foram executados", constata Edgar Silva citado em nota de imprensa.

"É na zona dos Álamos, no Beco dos Álamos, nas margens da Ribeira de Santo António, é aqui que existe, na Madeira, o maior número de barracas por metro quadrado, é aqui que existem inúmeras casas sem o mínimo de condições de habitabilidade, é aqui que existe um dos maiores contrastes da desigualdade: ao lado das piscinas olímpicas estão as barracas em que moram tantas famílias abandonadas pelos governantes", insiste o candidato à Assembleia Regional.

Para Edgar Silva "é preciso pôr o povo no Orçamento". "Ao contrário das opções elitistas que têm norteado as prioridades e as decisões do governo PSD/CDS, faz falta uma reorientação do modelo de desenvolvimento de forma a que o povo e as suas urgências passem a encabeçar a estrutura da orçamentação regional", sustenta.