Os delfins
Ei-los que regressam ufanos a arrogantes como sempre. Ei-los que voltam, fazendo esquecer o seu passado de traições e facadas nas costas. Ei-los que retornam depois de hibernarem em chorudos negócios e belas reformas. São alguns dos delfins do Dr. Alberto João Jardim que tentam voltar à ribalta depois de andarem a fazer a folha ao Dr. Miguel Albuquerque, entre 2015 e 2017 e terem contribuído para o partido perder a maioria absoluta e quase as eleições.
Onde andaram na campanha eleitoral de 2019?
Agora que as coisas estão mais promissoras, com a ajuda do CDS que evitou que o PSD fosse para a oposição, ei-los a subir ao Chão da Lagoa, após anos de ausência ou de passagem discreta. Ei-los de peito cheio a ver a quota-parte de poder que poderão ter depois das eleições. Já se dão ao luxo de, em público, falar de lugares e de tachos, ainda antes de o povo votar. São os “filhos” do jardinismo, a quem tudo devem, mas que depois renegaram o pai.
Tenha cuidado senhor líder do PSD, pois esta gente não augura nada de bom.
Andam por aí triunfantes e cheios de si, como se o trabalho destes quatro anos da coligação fosse seu ou das suas brilhantes ideias. Esquecem que o povo não gosta de galos que cantam antes do amanhecer e ignoram que as oposições também andam no terreno e que há novos partidos a emergir e com fortes apoios.
Esquecem que o povo aprecia a estabilidade, mas detesta o absolutismo. Ei-los que voltam como se nunca tivessem partido, mais vaidosos e mais jactantes que nunca. Ponha-os no sítio Dr. Miguel Albuquerque.
António Pinto