Está a decorrer esta manhã o Seminário Biotoxinas Marinhas no Mar da Macaronésia, que aborda a detecção de pescado contaminado por ciguatoxinas, responsáveis pela intoxicação alimentar chamada ciguatera, que provoca problemas graves de saúde.

De acordo com Francisco Barreto da SESARAM, em 2008 foi reportado o primeiro caso de uns pescadores que consumiram um charuteiro pescado na zona das Selvagens onde se sabe que existem estas ciguatoxinas, como também em 2012, no caso de uns pescadores que "estavam a pescar na zona das Selvagens e que consumiram um peixe-porco, mais tarde acabaram por apresentar todos a mesma sintomatologia", referiu.

Esta medida preventiva impede a entrada de pescado potencialmente contaminado na cadeia comercial, evitando a intoxicação dos consumidores, como é o caso do charuteiro com peso superior a 10 quilos.

A nível de saúde pública, a intoxicação por ciguatoxinas provoca um conjunto de sintomas com alguma gravidade, como manifestações gastrointestinais (náuseas, dores, vómitos, diarreias); cardiovasculares; e neurológicas (inversão das sensações de temperatura, com o doente a sentir frio perante o calor e calor, face ao frio). No limite, a intoxicação por ciguatera pode resultar em morte.

A Direcção Regional do Mar está a alertar cada vez mais os pescadores que pratiquem pesca ilegal, para a possibilidade de apanhar pescado contaminado pelo ciguatera.

A abertura do seminário contou com o secretário regional de Mar e Pescas Teófilo Cunha, seguindo-se Félix Costa da Universidade de Las Palmas Gran Canaria, Manfred Kaufmann da Universidade da Madeira, Francisco Barreto da SESARAM e Pedro Ideia da Direcção Regional do Mar.