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Municípios alertam para necessidade de desburocratizar fundos europeus

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A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) alertou hoje para a necessidade de Portugal ter menos controlo prévio e mais fiscalização sucessiva em matéria de fundos europeus para não ficar preso em "teias administrativas".

No seminário da ANMP, dedicado às finanças locais e fundos europeus que decorreu em Matosinhos, no distrito do Porto, e tendo na plateia a ministra da Presidência, Luísa Salgueiro apontou os "enormes constrangimentos burocráticos" com que se deparam os municípios.

"Senhora ministra [da Presidência] mesmo com muita vontade política e com grande apoio técnico, qualificado como aquele que temos, não é fácil face aos enormes constrangimentos que temos, as sucessivas etapas burocráticas, os sucessivos momentos de controlo prévio", disse a socialista que também preside à Câmara Municipal de Matosinhos.

A autarca considerou que Portugal precisa de menos controlo prévio e mais fiscalização sucessiva porque, caso contrário, vai ficar perdido nesta "teia de etapas administrativas".

Algo que não permite que o país avance, acrescentou.

Para Luísa Salgueiro, o papel dos municípios nos fundos europeus é muito importante porque são eles que, desde logo, conseguem fazer uma análise mais próxima das necessidades e perceber como os investimentos transformam a vida das pessoas.

"Somos parceiros essenciais na identificação das necessidades e imprescindíveis na execução", concluiu.

Questionada sobre o apelo da presidente da ANMP, a ministra da Presidência garantiu que o Governo tem feito o possível para desburocratizar os fundos comunitários tentando, contudo, manter um "equilíbrio virtuoso" entre a transparência e a eficácia.

"Todo o trabalho que possamos fazer no sentido de desburocratizar temos feito", garantiu.