A Guerra Mundo

Escritor russo pró-Kremlin vítima de atentado diz que não se deixará intimidar

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O escritor russo Zakhar Prilepin, que foi alvo de um atentado à bomba, no sábado, cuja autoria Moscovo imputa a Kiev, garantiu hoje que não se deixará intimidar.

"Obrigado a todos os que rezaram por mim, porque teria sido impossível sobreviver a tal explosão. Digo aos demónios, não conseguirão intimidar ninguém. Deus existe. Nós venceremos", disse Prilepin na rede social Telegram.

Na mensagem, o escritor prestou homenagem ao seu motorista Alexander Shubin, que morreu na explosão de que o carro em que viajava foi alvo.

Zakhar Prilepin também informou que a sua filha tinha saído da viatura "cinco minutos antes da explosão", provocada por uma bomba.

O carro de Prilepin explodiu na região russa de Nizhny Novgorod, a cerca de 400 quilómetros de Moscovo, ferindo-o e matando o seu condutor.

As autoridades russas dizem que o suspeito da tentativa de assassínio de Prilepin confessou estar às ordens de Kiev e imputam responsabilidade também aos Estados Unidos.

De acordo com um comunicado do Comité de Investigação, o suspeito do atentado - identificado como Alexander Permyakov e de origem ucraniana - confessou durante o interrogatório que "agiu sob instruções dos serviços especiais ucranianos".

Prilepin, nos anos de 1990, lutou na Chechénia e estava agora a regressar da frente de combate no Donbass para a sua casa na região de Novogorod, sendo um fervoroso defensor do que o Kremlin chama de "intervenção militar especial" na Ucrânia.

Prilepin é também o líder do partido ultranacionalista Pela Verdade, que criou em 2020 e que se fundiu em 2021 com o partido Rússia Justa.