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Indígenas atacam base militar venezuelana com arcos e flechas

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As autoridades venezuelanas disseram na segunda-feira que um grupo de indígenas atacou, com arcos e flechas, as instalações de uma base militar no Parque Nacional Cerro Yapacana, no estado venezuelano de Amazonas, no sudoeste do país.

O ataque, segundo o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (CEOFANB), Domingo Hernández Lárez, aconteceu depois de as autoridades venezuelanas terem confiscado "materiais de destruição e depredação do meio ambiente" que seriam usados para a extração ilegal de ouro.

"Após a apreensão (...) alguns jovens indígenas da região, 'mercenários' que trabalham para mineradoras estrangeiras como garimpeiros, calceteiros, madeireiros e guarda-costas, atacaram a base das Forças Armadas Bolivarianas", explicou Domingo Hernández Lárez na rede social Twitter.

Segundo o chefe do CEOFANB, "jovens indígenas, desenraizados, estão a ser explorados e utilizados como força de choque por grupos criminosos para violar as leis da República".

"Os Parques Nacionais devem ser protegidos, é um dever e um direito constitucional", sublinhou.

Domingo Hernández Lárez salientou, na mesma rede social, que realizar minaria "contribui para a destruição das reservas florestais venezuelanas, a contaminação das águas, a degradação dos solos, a extinção da flora e da fauna nacionais".

No sábado passado, após um patrulhamento fluvial e terrestre, militares venezuelanos desmantelaram duas minas ilegais (El Limón e La Moya), no Parque Nacional Yapacana, tendo apreendido 19 motobombas, nove carretéis de mangueiras, sete barris de combustível e cinco geradores elétricos.

Segundo a imprensa local foram detidas sete pessoas de nacionalidade colombiana, que estariam irregularmente na Venezuela para realizar atividades mineiras ilegais.