Madeira

Direcção Regional de Pescas negoceia troca de mil toneladas de atum voador por atum patudo

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No final da semana passada, já perspectivando o esgotamento da quota, a Direcção Regional de Pescas, em concordância com a sua homóloga açoriana, solicitou à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DRGM) que, junto das autoridades europeias, desenvolve-se esforços para negociar a troca de mil toneladas de quota de atum voador, que não tem aparecido este ano nos mares madeirenses, por a mesma quantidade de quota de patudo.

“Ainda não tivemos resposta dos nossos parceiros europeus, mas não vamos desistir de procurar encontrar soluções que valorizem a actividade piscatória madeirense, e possibilitem mais e melhores condições para o exercício da pesca”, garantiu o secretário regional do Mar e Pescas, Teófilo Cunha.

Apesar da proibição de captura de atum patudo entrar em vigor a partir das zero horas de terça-feira, as embarcações têm mais 48 horas – até às 00:00 de quinta-feira, dia 1 de Junho, para descarregar nos portos regionais.

A comunicação surge no seguimento do aviso emitido, esta segunda-feira, pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), dando conta de que Portugal atingiu a quota de capturas desta espécie no Oceano Atlântico.

“Apesar dos esforços do Governo Regional, que conseguiu na semana passada um reforço de 264 toneladas na quota anual de patudo para as duas regiões autónomas, tivemos que dar nota aos pescadores e armadores do encerramento da pescaria de patudo este ano”, explicou Teófilo Cunha. 

A quota anual de atum patudo atribuída a Portugal é de 2,639 mil toneladas. Para as regiões autónomas é reservado 85% do total, cerca de 2,243 mil toneladas, ficando os restantes 15% (395,97 toneladas) para a frota continental.