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Biden preocupado mas desvaloriza fuga de documentos confidenciais

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Foto EPA

O presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu hoje estar preocupado com a fuga de documentos confidenciais dos EUA, mas descartou qualquer risco imediato.

"Estou preocupado que tenha acontecido, mas não há nada contemporâneo que eu saiba que seja de grande importância", afirmou Biden em Dublin, durante uma visita à República da Irlanda.

Biden referiu que está em curso uma investigação completa pelos serviços secretos de informações e o Departamento de Justiça. 

"Estamos a chegar perto", adiantou.

Esta foi a primeira vez que Biden comentou publicamente a divulgação de documentos do Pentágono que foram partilhados em diversas redes sociais. 

O jornal The Washington Post noticiou hoje que por detrás da fuga de documentos estará um jovem que trabalhou numa base militar norte-americana e que partilhou as informações num grupo privado 'online'. 

O artigo, com base em entrevistas a dois membros da rede social Discord sob a condição de anonimato, revela que o responsável é um homem com o pseudónimo "OG" que há meses que publica regularmente centenas de páginas copiadas de documentos da base militar onde trabalha.

Os documentos publicados 'online' revelam preocupações dos serviços secretos norte-americanos sobre a viabilidade de uma contraofensiva ucraniana contra as forças russas, que invadiram a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, devido a problemas de falta de instrução militar e de logística, bem como as preocupações dos Estados Unidos sobre a capacidade de Kiev continuar a defender-se dos ataques de Moscovo.

Dezenas de fotografias desses documentos foram divulgadas no Twitter, Telegram ou Discord nos últimos dias. Algumas delas estiveram a circular na Internet durante semanas, senão meses, antes de atrair a atenção da imprensa.

No entanto, as autoridades dos Estados Unidos não confirmaram publicamente a autenticidade dos documentos publicados 'online', que também não foram confirmados de forma independente. 

Além do tema relacionado com a invasão russa da Ucrânia, alguns documentos também parecem indiciar a obtenção de informações secretas pelos Estados Unidos junto de alguns dos seus aliados, como Israel e Coreia do Sul, países que Washington tem estado a tentar tranquilizar, relata, por sua vez, a agência noticiosa France-Presse (AFP).