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Poeta Fabrício Corsaletti vence Jabuti de livro do ano, o maior prémio literário do Brasil

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O livro "Engenheiro Fantasma", do poeta Fabrício Corsaletti, venceu a categoria livro do ano na 65.ª edição do Prémio Jabuti, que escolhe anualmente os autores de maior destaque no Brasil.

Competindo com uma obra de poemas, Corsaletti se imaginou na pele de Bob Dylan e narrou uma temporada de exílio voluntário que o cantor e compositor norte-americano teria ficcionalmente vivido na cidade argentina de Buenos Aires.

O anúncio dos premiados com o Jabuti, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), ocorreu na terça-feira, 05 de dezembro, no Theatro Municipal de São Paulo, cerimónia que teve como personalidade literária o autor infantojuvenil Pedro Bandeira.

Reconhecido como um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, Pedro Bandeira recebeu homenagem por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades.

Os prémios, divididos nos eixos temáticos de literatura, não-ficção, produção editorial e inovação, tem 21 subcategorias. Em 2023, o Jabuti registou 4.245 títulos inscritos. 

A categoria Romance Literário foi vencida pela obra "Os perigos do imperador: um romance do Segundo Reinado", de Ruy Castro, que narra um plano fictício para assassinar Pedro II, segundo e último imperador do Brasil.

Entre as obras vencedoras também está "Por quem as panelas batem", do jornalista e autor Antônio Prata, que venceu na categoria crónica. A obra retrata o caos político no Brasil em crónicas políticas publicadas por Prata no jornal Folha de S.Paulo entre junho de 2013 ao final de 2021.

O Jabuti também distinguiu o melhor livro de autor estreante, reconhecimento que foi concedido a obra "Extremo Oeste", de Paulo Fehlauer, que retrata a história de um amigo que desaparece e leva o narrador deste romance a mergulhar profundamente nos rastos dessa amizade forjada desde a infância.  

No eixo ficção, as outras obras vencedoras foram: "Educação Natural: Textos Póstumos e Inéditos", de João Gilberto Noll (conto), "Dentro do Nosso Silêncio", de Karine Asth (romance de entretenimento), "Óculos de Cor: Ver e Não Enxergar", de Lilia Moritz Schwarcz e Suzane Lopes (juvenil), "Doçura", de Emilia Nuñez e Anna Cunha (infantil), e "Mukanda Tiodora", de Marcelo D'Salete (HQ, Histórias em Quadrinhos/Banda Desenhada).

No eixo de não-ficção venceu "Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito", de Sérgio Burgi (Artes), "Título: Poder camuflado: os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro" (Biografia e Reportagem), " Emergência climática: o aquecimento global, o ativismo jovem e a luta por um mundo melhor", de Matthew Shirts (Ciências), "Humanamente Digital: inteligência artificial centrada no humano", de Cassio Pantaleoni (Ciências Humanas), "Limites da democracia: de junho de 2013 ao governo Bolsonaro", de Marcos Nobre (Ciências Sociais), e "Receitas do Favela Orgânica", de Regina Tchelly (Economia Criativa).

No eixo Produção Editorial os contemplados foram "Mensagem", que teve a capa criada por Flávia Castanheira, "A notável história do homem-listrado", ilustrado por Fayga Ostrower (ilustração), "Expresso 2222", cujo responsáveis foram Paulo Chagas, Ana Oliveira (projeto gráfico), "Finnegans Rivolta", do Coletivo Finnegans, Dirce Waltrick do Amarante (tradução).

Por fim, o eixo inovação contemplou "Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas" (fomento à leitura) e "Marrom e amarelo" que venceu a categoria de livro brasileiro publicado no exterior.