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UE condena ataques no Mar Vermelho e garante coordenação contra ameaças à segurança

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Foto AFP

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros condenou hoje os ataques no Mar Vermelho reivindicados pelos rebeldes Huthis do Iémen e garantiu coordenação entre o bloco europeu e vários parceiros para combater as ameaças à segurança.

"A União Europeia (UE) condena veementemente os ataques Huthis no Mar Vermelho. Estamos em coordenação com os nossos parceiros para combater eficazmente essas ameaças à paz e à segurança", afirmou Josep Borrell numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O chefe da diplomacia europeia sublinhou ainda que "a perturbação da navegação internacional e da segurança marítima é inaceitável e deve parar".

Os rebeldes islamitas Huthis do Iémen reivindicaram hoje ataques no Mar Vermelho contra dois navios ligados a Israel, incluindo o "Swan Atlantic", que pertence a uma empresa norueguesa.

"As forças iemenitas realizaram uma operação militar contra dois navios ligados à entidade sionista utilizando hidroaviões", garantiu o grupo rebelde apoiado pelo Irão, num comunicado em que identifica o primeiro navio como "Swan Atlantic" e o segundo como "MSC Clara".

No início do dia, a empresa britânica de combustíveis BP anunciou a suspensão de todo o tráfego no Mar Vermelho, devido aos repetidos ataques.

No final da semana passada, a empresa dinamarquesa Maersk, a alemã Hapag-Lloyd, a francesa CMA CGM e a ítalo-suíça MSC anunciaram que os seus navios deixariam de utilizar o Mar Vermelho até novo aviso, pelo menos até hoje ou até a passagem ficar segura.

Na sequência do conflito desencadeado pelos ataques de 07 de outubro do grupo islamita palestiniano Hamas em Israel, os Huthis têm vindo a ameaçar atacar qualquer embarcação que acreditem estar a navegar para ou de Israel.

Os rebeldes iemenitas aumentaram os ataques nas últimas semanas perto do estratégico estreito de Bab al-Mandeb, que separa a Península Arábica de África e por onde passa 40% do comércio mundial.

Cerca de 10% de todo o petróleo comercializado no mar passa pelo estreito e estima-se que 1.000 biliões de dólares (910 biliões de euros) em mercadorias passam anualmente pelo estreito.