O Presidente norte-americano, Joe Biden, classificou hoje como um "passo histórico" o acordo alcançado na 28.ª cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP28) no Dubai que, pela primeira vez, apela ao abandono gradual dos combustíveis fósseis.

"Ainda há muito trabalho a fazer para garantir que o objetivo (de limitar o aquecimento global a) 1,5 graus permaneça ao nosso alcance, mas o resultado de hoje aproxima-nos significativamente desse objetivo", afirmou Biden, num comunicado divulgado pela Casa Branca (Presidência).

Na mesma nota, o líder norte-americano afirmou que tinha lançado "o maior investimento do mundo" contra as alterações climáticas, através de um importante projeto de lei sobre a transição energética.

Joe Biden - que também está a trabalhar para baixar o preço da gasolina nos Estados Unidos -- repete na mesma declaração que as alterações climáticas são uma "ameaça existencial".

"Como a América sempre fez, transformaremos a crise em oportunidade, criando empregos no setor das energias limpas, revitalizando comunidades e melhorando a qualidade de vida", sustentou.

O político Democrata, que procura a reeleição nas eleições presidenciais do próximo ano, é regularmente criticado pelos Republicanos - alguns dos quais duvidam abertamente das alterações climáticas - devido à sua política de transição energética.

Os Estados Unidos são atualmente o segundo maior emissor de gases de efeito estufa em termos absolutos, atrás da China. Mas, tendo em conta as emissões históricas, ou seja, cumulativas desde 1850, continuam na liderança.