A mitigação e a adaptação às alterações climáticas estiveram no centro das atenções, na semana passada, numa conferência promovida pelo Clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, tendo como orador convidado Victor Prior, delegado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e director do Observatório Meteorológico do Funchal.

O convidado aproveitou a ocasião para traçar o historial dos equipamentos utilizados na Região Autónoma da Madeira para a previsão do estado do tempo. Referiu que o observatório meteorológico já esteve sediado no Palácio de São Lourenço, tendo sido depois deslocalizado para a zona do Lazareto, onde funciona actualmente. 

A conferência de 7 de Dezembro serviu, também, para apontar os dados de temperatura e de precipitação registados na Região, elementos que evidenciam um aumento da temperatura e, simultaneamente, um decréscimo da precipitação. Ficou claro, a partir dos dados exibidos, que, no presente, as ondas de calor estão a ser mais longas e os períodos de precipitação mais curtos.

Relacionando as alterações climáticas com o aquecimento global, Victor Prior não esqueceu o contributo dos gases com efeito de estufa (GEE) libertados para a atmosfera pelas actividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis. Para fazer face a esta delicada questão, o especialista enumerou um conjunto de medidas de adaptação, entre as quais, a construção de barreiras contra inundações, o uso dos recursos hídricos de forma mais eficiente e o desenvolvimento de sistemas eficazes de alerta.