DNOTICIAS.PT
Madeira

Museus e galerias de arte batem resultados da pré-pandemia

None Ver Galeria

O número de visitantes nos museus da Região Autónoma da Madeira (RAM) aumentou 81% em 2022, representando um acréscimo de 151,3 mil pessoas face a 2021, superando também o ano de referência da pré-pandemia (2019), em mais 58,7%.

A Série Retrospectiva da Cultura, Desporto e Lazer, actualizada com os dados definitivos de todos os indicadores para 2022, foi disponibilizados esta terça-feira pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) no seu portal.

No ano de 2022, foram 18 os museus da RAM que cumpriram os critérios de elegibilidade de apuramento do Inquérito aos Museus, mais um do que em 2021, dispondo de cerca 113,2 mil bens no seu acervo.

Contabilizaram-se cerca de 338,3 mil visitantes, correspondendo a um acréscimo de 80,9% face a 2021 (ou seja, mais 151,3 mil pessoas), dos quais 58,5% eram estrangeiros (197,9 mil) e 8,0% visitantes inseridos em grupos escolares (27,1 mil).

Face a 2019, ano pré-pandemia, ocorreu um acréscimo de 58,7% no número de visitantes, sendo efectivamente o total de visitantes de 2022 o maior valor da série iniciada em 2012.

As 36 galerias de arte e outros espaços de exposições temporárias em actividade na RAM (mais 2 que em 2021), realizaram 274 exposições (+77,9% que no anterior), nas quais 3 562 autores expuseram 7 035 obras (3 753 obras em 2021), o que se traduziu num aumento de 87,5% no número de obras expostas. Comparando com 2019, ano anterior à pandemia, observou-se um aumento no número de galerias e outros espaços de exposição (+5,9%), no número de exposições (+5,0%) e no número de obras expostas (+4,2%).

Publicações periódicas com circulação total a rondar os 6 milhões

Em 2022, das 13 publicações periódicas publicadas na RAM, 7 eram revistas e 6 eram jornais. Quanto ao suporte de difusão, 9 das publicações foram difundidas em suporte “papel e eletrónico”, 2 foram difundidas em suporte “só papel” e 2 foram difundidas em suporte “só eletrónico”.

No ano em análise, foram impressas 795 edições de jornais e 28 edições de revistas, num total de 823 edições impressas. A tiragem total da edição impressa foi de cerca de 4,6 milhões de exemplares (4,5 milhões de jornais e 61,4 mil de revistas). A circulação total foi de cerca de 6 milhões, sendo que 99,3% correspondeu à circulação de jornais.

Sessões de cinemas e espectáculos ao vivo aumentaram, mas estão abaixo da pré-pandemia

Em 2022, contabilizaram-se 12 956 sessões de cinema na RAM, mais 47,5% que no ano anterior. O número de espetadores aumentou para os 157,1 mil e as receitas de bilheteira para 848 mil euros, representando acréscimos de 58,2% e de 61,2%, respetivamente, face a 2021. Embora os resultados ultrapassem os de 2021, em 2022 continuou-se aquém de 2019, ano em relação ao qual o número de sessões diminuiu 25,3%, o número de espetadores 43,7% e as receitas 40,8%.

No que diz respeito aos espetáculos ao vivo, foram promovidas 1 370 sessões em 2022, com um total de 237,3 mil espetadores, dos quais cerca de 65,1 mil pagaram bilhete, gerando uma receita de 893 mil euros. Face ao ano transato, verificaram-se acréscimos nas sessões realizadas (+103,3%), nos espetadores (+259,3%), nos bilhetes vendidos (+160,9%) e nas receitas de bilheteira (+315,3%). Comparativamente com 2019, o número de sessões de espetáculos ao vivo aumentou (+3,6%) mas o número de espetadores (-44,0%), o número de bilhetes vendidos (-8,5%) e as receitas geradas (-4,8%) decresceram.

62,8% dos imóveis culturais da Região eram de interesse municipal

Em 2022 não foi registada qualquer alteração no número de bens imóveis culturais (protegidos) na RAM. Estavam classificados na RAM 180 bens imóveis culturais, dos quais 173 eram Monumentos e 7 eram Conjuntos. Segundo a categoria de proteção, 113 dos imóveis da Região (62,8%) eram de interesse municipal, 60 eram imóveis de interesse público (33,3%) e 7 monumentos nacionais (3,9%). Os bens imóveis classificados na Região, correspondem a 3,8% dos existentes a nível nacional.

No ano em referência, os jardins zoológicos, jardins botânicos e aquários  considerados para a RAM foram visitados por 806,4 mil pessoas (+117,8% face a 2021), na sua grande maioria estrangeiros (85,2%). Face a 2019, o número de visitantes aumentou 12,8%.

Peso das despesas com cultura e desporto aumentou

Em 2022, as despesas em atividades culturais, criativas e desportivas das Câmaras Municipais ascenderam a 11,9 milhões de euros (ou seja, +24,5%) do que no ano anterior. Este aumento resultou essencialmente do acréscimo de 27,4% verificado nas despesas correntes, que representaram 95,9% das despesas totais em cultura e desporto. Em 2022, o peso das despesas com cultura e desporto nas despesas totais das Câmaras fixou-se nos 5,5%, mais 1,3 pontos percentuais face a 2021.

No ano em análise, do total das despesas com cultura e desporto, 73,3% tiveram como destino as atividades culturais e criativas (equivalendo a 8,8 milhões de euros) e os restantes 26,7% às atividades e equipamentos desportivos (3,2 milhões de euros). Face ao ano anterior, as atividades culturais viram as suas despesas aumentarem 38,0%. Já as despesas em atividades e equipamentos desportivos tiveram uma diminuição de 1,7%. De referir ainda, que o peso das despesas em cultura e em desporto, face ao total de despesas das Câmaras da Região foi de 4,0% e 1,5%, respetivamente.

Por domínios, e no caso das despesas culturais e criativas, evidenciam-se as afetas às “Artes do espetáculo” (2 933 milhares de euros) e às “Atividades interdisciplinares” (2 431 milhares de euros), com um peso conjunto de 61,3% do total das despesas em cultura, seguidas das despesas afetas às “Bibliotecas e arquivos” com 13,8% (1 212 milhares de euros).

No caso das despesas em desporto, destacam-se as relativas às “Atividades desportivas”, que corresponderam a 41,8% das despesas totais em desporto (1 334 milhares de euros) e às “Associações desportivas”, que representaram 46,0% (1 469 milhares de euros).

Em 2022 verificou-se uma quebra na série dos dados do Inquérito às Publicações Periódicas, resultado da alteração metodológica, nomeadamente a alteração do âmbito do inquérito. Para além das publicações periódicas em suporte de difusão, “papel” e “em papel e electrónico simultaneamente” passou a ser considerado também o suporte “só electrónico”. No tipo de publicações periódicas passaram a ser consideradas apenas os jornais e as revistas." DREM