O líder parlamentar do PS fez a intervenção política semanal em que denunciou a "falta de transparência" nos dados do sector da saúde.

Victor Freitas começou lembrando que hoje é o Dia Internacional da Cobertura Universal da Saúde e que a Constituição da República Portuguesa garante o acesso aos cuidados de saúde gratuitos. Um direito que, diz, "é adulterado pelo factor tempo" que "expulsa os utentes do público para o privado".

O deputado socialista acusa o Governo Regional de não cumprir as promessas de transparência e dá como exemplo o portal que deveria estar a funcionar mas que, neste momento, apenas dá uma mensagem de erro a que procura dados sobre os tempos de espera de actos médicos. Algo que, nos Açores, é de acesso imediato e com informações mensais sobre as listas de espera.

Victor Freitas acusa o Governo Regional e o secretário regional da Saúde e Protecção Civil de "mentir" aos madeirenses no cumprimento dos tempos de espera máximos e em todos os dados sobre o atendimento. Apenas "propaganda", garante o deputado.

O líder parlamentar do PS acusa o GR de ter provocado um "apagão" nas listas que, entre 2021 e 2022, passaram de 118 mil actos médicos em lista de espera para, apenas, 65 mil. Uma redução que resultou do "apagão" de 19 especialidades médicas.

Victor Freitas lembra que mesmo os dados que se conseguiram obter do SESARAM foram "arrancados à força e sem anestesia" por ordem do tribunal.