Entre janeiro e outubro de 2023, 2,1 milhões de venezuelanos receberam assistência humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) e de organizações não governamentais, segundo um boletim informativo da Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU para a Venezuela (OCHA).

"Até 31 de outubro de 2023, a resposta humanitária chegou a 2,1 milhões de pessoas com algum tipo de ajuda. A Resposta Humanitária na Venezuela está presente em 312 [dos 335], municípios dos 24 estados [do país]", explica o documento.

A atenção aos venezuelanos tinha como meta chegar a 5,2 milhões de pessoas em 2023 e foi implementada através de 155 organizações, locais e internacionais, a Cruz Vermelha e outras, entre elas várias agências da ONU.

O setor da saúde foi o que teve maior número de beneficiários (1,6 milhões, com medicamentos e exames médicas), seguindo-se a segurança alimentar e meios de vida (629.000), água, saneamento e higiene (551.000), proteção (479.000) e nutrição (407.000).

Por outro lado, 39.000 cidadãos receberam ajuda em educação, alojamento, energia e utensílios para o lar, e outros 166.000 receberam proteção em relação à violência baseada no género.

A ação da ONU abrangeu projetos de 4.932 comunidades, 1.791 escolas ou centros educativos, 934 ambulatórios, 923 espaços ou centro comunitários, 475 hospitais, 465 consultórios populares, 155 sedes administrativas de saúde, 134 centros de diagnóstico integral (em saúde), 113 respostas de mobilidade, 58 espaços de alojamento temporário e 51 espaços seguros para crianças e mulheres.

O Plano de Resposta Humanitária da ONU para a Venezuela atingiu 40,38% da meta proposta de atender as necessidades urgentes de 5,2 milhões de cidadãos.

Em 2022, a ONU tinha recebido 309,6 milhões de dólares (284,5 milhões de euros) de distintos doadores para ajuda humanitária aos venezuelanos, 38,9% da meta esperada.