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Madeira

Manifestantes prometem "tudo fazer" para travar teleférico do Curral

Concentração de protesto no miradouro da Eira do Serrado juntou cerca de duas dezenas de cidadãos

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A manifestação contra o projecto de construção de um sistema de teleféricos entre o Curral das Freiras e o Jardim da Serra juntou na manhã desta sexta-feira, no Miradouro da Eira do Serrado, cerca de duas dezenas de pessoas.

Sob o mote ‘Ainda é possível salvar o geossítio do Paredão e a magnífica paisagem natural do Curral das Freiras/Jardim da Serra”, o grupo de cidadãos disse presente ao repto, apesar do frio e chuva, para expressar “o compromisso com a defesa da natureza”.

“Nesta acção queremos expressar a nossa intenção de tudo fazer, no que esteja ao alcance dos nossos direitos de participação cívica, para que não vá por diante o sistema de teleféricos pretendido pelos governantes para o Curral das Freiras e Jardim da Serra”, transmitiu o porta-voz do grupo, David Francisco.

'Deixem o céu do Curral das Freiras em paz', 'Salvar o Paredão' e 'Teleférico não', são as tarjas exibidas pelos manifestantes no miradouro da Eira do Serrado.

“Da nossa parte, tudo faremos para impedir outro elefante branco do regime à conta de mais um saque do erário público”, lê-se no manifesto apresentado pelo grupo.

O movimento tem dúvidas que a segurança geológica esteja garantida com a instalação do sistema de teleféricos que atravessa o profundo vale do Curral das Freiras através de um cabo que “pesa 500 toneladas”, conforme adiantou David Francisco na edição impressa do DIÁRIO desta sexta-feira.

Neste movimento tudo faremos para travar o atentado contra o Geossítio do Paredão, para fazer recuar um porjcto que traz instabilidade à encosta do Paredão, para inviabilizar uma instalação de teleféricos cujos problemas de segurança e matriz de riscos não são devidamente considerados". Manifesto

O grupo de cidadãos prometeu voltar ao protesto do outro lado do vale. “Hoje estamos do lado do Curral das Freiras, daqui a poucos dias estaremos do lado do Jardim da Serra para dar voz ao protesto público e para salvar, enquanto é tempo, a natureza, a paisagem natural e os valores ecologistas, que devem, sempre, sobrepor-se nas orientações do desenvolvimento”.