“É tempo das instituições europeias, de uma vez por todas, terem uma política comum, porque só todos juntos poderemos responder a este drama humanitários que nos escandaliza e envergonha nos tempos que correm”, afirmou, hoje, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, na reunião plenária da Conferência das Assembleias Legislativas Regionais Europeias (CALRE), que se realiza em Bruxelas.  

José Manuel Rodrigues, que falava na qualidade coordenador do Grupo de Trabalho para as Migrações, salientou que este estamos perante "três realidades distintas" no que toca a este fenómeno: "a migração regular para a qual a União Europeia tem que encontrar uma política comum; as imigrações irregulares, que estão nas mãos de grandes redes de tráfico que envolvem várias regiões do globo e que, depois, atingem com grande impacto a União Europeia; e terceira realidade, que é a realidade dos refugiados e daqueles que procuram na Europa uma oportunidade de emprego e afirmação perante as perseguições políticas e religiosa a que estão sujeitos nos seus países".

"São três realidades que devem ter políticas e decisões distintas por parte das instituições da União Europeia, na certeza, porém, que este é um drama humanitário sem precedentes na nossa vida recente, que atinge sobretudo o Mediterrâneo, mas também as ilhas Canárias, que estão a sofrer dia a dia com este problema", sublinhou.

José Manuel Rodrigues recordou também que, na qualidade de coordenador deste grupo de trabalho, participou num Encontro Internacional da Paz, realizado em Berlim, que reuniu as diversas religiões da Europa, sendo que um dos temas centrais foi precisamente o das migrações e como as religiões podem contribuir para o acolhimento de migrantes.

Referiu-se igualmente à reunião mantida com o cardeal Matteo Zuppi, enviado do Papa Francisco para a paz na Ucrânia, que abordou a questão dos refugiados daquele país na sequência da invasão russa, salientando a forma como “nós soubemos responder com humanidade a esta crise”.

Tema que o presidente do parlamento madeirense voltou a abordar na World Family Summit 2023, que decorreu em Junho, no Brasil.

Lembrou ainda a propósito o encontro com o cardeal D. Tolentino Mendonça, prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano, entre outros contactos mantidos com diplomatas de vários países e diversas associações ligadas a esta causa (caso da Associação Presença Feminina).

José Manuel Rodrigueis diz ter ainda acompanhado o caso da extinção do SEF, após a morte de um cidadão ucraniano no Aeroporto de Lisboa.

Na sequência destes vários encontros fez uma chamada de atenção: