O Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo é hoje alvo de "limitações impostas há mais de seis décadas", critica o deputado do grupo parlamentar do PSD no Parlamento madeirense, Carlos Rodrigues, que aborda o tema da "operacionalidade do Aeroporto da Madeira" na XVI Conferência Anual do Turismo.

O deputado aponta a "falta de vontade política" do Estado português para actualizar as regras de controlo do tráfego aéreo tendo em conta a tecnologia da actualidade que "nada tem a ver com a de 1963", que motivou as limitações de vento hoje impostas, de 15 nós. O orador indica que as soluções são simples, "basta haver vontade". 

Carlos Rodrigues elencou os impactos da inoperacionalidade do Aeroporto, tais como a perda de confiança, a perda de receita, o aumento dos custos da operação das companhias aéreas, os encargos com os passageiros "decorrentes de remarcações de voos, alimentação e alojamento dos passageiros afectados" e respectivas indeminizações.

O parlamentar recorre aos dados da ANA para afirmar que em 2018 foram afectados 48 mil passageiros. Caso 20% desses passageiros (mais de 9 mil) não tenha voltado a viajar para a Região, representa menos "34 milhões de euros para o PIB regional". 

O deputado do PSD exige ao Governo Central que sejam "tomadas decisões com base na ciência, da tecnologia e nos níveis de operação de 2023", pedindo "celeridade e coragem para tomar uma decisão".