Sílvia Barros faz parte do conjunto de docentes inscritos no seminário ‘Educação Sexual: Prevenção, Protecção e Promoção de Direitos - (In)formar para uma sexualidade saudável’, que acontece hoje e na próxima sexta-feira, na Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes.

Com cerca de 15 anos ligada à formação e educação para a sexualidade, a professora da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, que trabalha actualmente com o 3.º ciclo, reconhece a importância da abordagem a estes temas que é feita nas escolas da Região.

Seminário sobre educação sexual arranca com 110 inscritos no Funchal

A formação promovisa no âmbito do projecto 'Educação para a Sexualidade e Afectos' decorre hoje e sexta-feira, contando com as palestras de vários especialistas

Marco Livramento , 13 Novembro 2023 - 10:21

Aos jornalistas, refere que os alunos desta faixa etária “questionam muito” e prontamente assume ser “muito importante trabalharmos este tema em todas as escolas”, pois entende que com a abordagem desenvolvida nos estabelecimentos de ensino os alunos ficam mais preparados para iniciar a sua vida sexual de forma mais esclarecida e segura.

Nesse sentido, destaca o papel dos professores no esclarecimento de dúvidas sobre a sexualidade e os afectos e no possível encaminhamento de situações mais complexas, sobretudo em meios onde os alunos não têm à-vontade para abordarem estes assuntos com os pais.

Na prática, conforme deu conta, os alunos podem colocar as suas dúvidas de forma anónima ou directamente junto dos docentes.

Entre os assuntos objecto de maiores interrogações é a morfologia do corpo humano, as doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez e o aborto.

Tratando-se de situações mais delicadas que possam ser referidas pelos alunos, os professores acabam remetendo o possível problema para as entidades e técnicos competentes, conforme definido na estrutura de actuação do projecto Educação para a Sexualidade e os Afectos (ESA).

Sobre as formações como a que hoje tem lugar na Escola Profissional Francisco Fernandes, Sílvia Barros diz serem fundamentais para que os professores ligados ao ESA possam "abordar com segurança e mais tranquilidade" estes temáticas junto dos alunos.