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Papa lamenta acidente de autocarro que fez 21 mortos em Veneza e reza pelos feridos

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O Papa Francisco lamentou hoje o acidente de autocarro ocorrido na terça-feira em Veneza, no noroeste de Itália, que provocou 21 mortos, entre os quais dois portugueses, e também deixou 15 feridos.

"Ao tomar conhecimento da notícia do grave acidente rodoviário ocorrido em Mestre, no qual inúmeras pessoas, incluindo crianças, perderam a vida, o Santo Padre Francisco instrui Sua Excelência a enviar a expressão da sua afetuosa proximidade às famílias dos falecidos desta forma trágica", afirmou a Santa Sé, em comunicado.

O pontífice garantiu ter dirigido uma "oração especial" aos afetados pelo acidente, indicou num telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolín, e dirigido ao bispo Francesco Moraglia, patriarca de Veneza.

"Embora envolva a consolação da fé para a sua família, ele pede ao Senhor a pronta cura dos feridos e envia de coração a bênção apostólica do padroeiro", acrescentou a nota.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) esclareceu hoje que não há registo de feridos de nacionalidade portuguesa no acidente, que causou 21 mortos, dois dos quais portugueses.

Na quarta-feira à noite, fonte do MNE tinha avançado que dois portugueses tinham morrido e um outro cidadão nacional tinha sofrido ferimentos no acidente de autocarro.

Numa informação enviada à Lusa, o ministério indicou entretanto que as autoridades italianas confirmaram oficialmente a morte de dois portugueses, e não registam feridos de nacionalidade portuguesa.

O MNE referiu que está a acompanhar a situação, através da Embaixada de Portugal em Roma, estando já em contacto com os familiares do casal que morreu.

O prefeito de Veneza divulgou ao final da tarde de quarta-feira, de acordo com os 'media' italianos, a nacionalidade de todas as vítimas do acidente de autocarro: nove ucranianos, quatro romenos, três alemães, dois portugueses, um italiano (o motorista), um croata, e um sul-africano.

O autocarro envolvido no acidente caiu de um viaduto numa estrada em direção a Veneza.

As investigações analisam duas hipóteses principais sobre as causas da tragédia: uma manobra arriscada ou que a vedação do viaduto era demasiado velha para suportar o peso do autocarro elétrico, aliado à possibilidade de o motorista não ter se sentido bem e não ter controlado o veículo.

Os 'media' italianos destacam hoje que a vedação de proteção não era substituída há muito tempo e que também faltavam cerca de dois metros de barreira na área onde o autocarro caiu de uma altura de 15 metros.

No entanto, o vereador da Mobilidade de Veneza, Renato Boraso, explicou que a falta de 1,5 metros na barreira é um ponto de acesso por questões de segurança, para trabalhos de manutenção.

"Não é que um metro e meio impeça a queda", disse Boraso, garantindo que o autocarro caiu "25 metros depois".

O ministro dos Transportes e Infraestruturas italiano, Matteo Salvini, garantiu que o acidente não foi culpa da vedação e alertou para o que considerou ser o perigo das baterias dos carros elétricos, como é o caso do autocarro danificado, porque "pegam fogo mais rápido do que outras formas de energia".

Dois espanhóis estão entre os 15 feridos no acidente de viação e são um homem, que está internado em Treviso, e uma mulher de 52 anos, que deu entrada no hospital de Pádua com queimaduras graves.

O diretor do Hospital Universitário de Pádua, Giuseppe Dal Ben, explicou que uma menina ucraniana de 4 anos e uma espanhola de 52 anos estão internadas no seu centro "em estado muito grave".