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A Guerra Mundo

Kiev trabalha para obter novos sistemas anti-aéreos antes do Inverno

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Foto: DR

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky garantiu hoje que o seu país está a fazer tudo para obter novos sistemas antiaéreos do Ocidente antes do inverno, para enfrentar uma possível nova vaga de bombardeamentos em massa russos.

"Estamos a fazer tudo para fornecer à Ucrânia mais sistemas de defesa aérea antes do inverno. E agora estamos a aguardar certas decisões dos nossos parceiros", salientou Zelensky no seu discurso noturno em vídeo divulgado nas redes sociais.

O chefe de Estado ucraniano também pediu que as obras sejam "realizadas o mais rápido possível" para garantir a proteção e reconstrução de infraestruturas críticas nas cidades ucranianas.

A Rússia realizou uma campanha de bombardeamento em massa contra infraestruturas ucranianas no inverno de 2022, mergulhando regularmente milhões de pessoas no frio e na escuridão.

Os ocidentais forneceram à Ucrânia sistemas antiaéreos, incluindo poderosas baterias norte-americanas Patriot, mas estas defesas nem sempre são suficientes para intercetar todos os 'drones' e mísseis russos.

Ao mesmo tempo, a Ucrânia está a realizar os seus próprios ataques com 'drones' e bombardeamentos, que se tornaram quase diários, contra alvos na Rússia.

A contraofensiva ucraniana cumpre hoje quatro meses com avanços no bastião russo de Bakhmut (Donetsk), e na região e Zaporijia (sudeste) para além de tentativas de desembarque na Crimeia.

"A contraofensiva prossegue, fazemos todo o possível, passo a passo, para repelir o inimigo", declarou hoje o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em entrevista à cadeia televisiva italiana Sky TG24.

O chede de Estado ucraniano reconheceu os principais desafios da contraofensiva: os campos de minas colocados pelos russos e a escassez de sistemas e de projéteis de defesa antiaérea.

Com a aproximação do inverno, Zelensky emitiu um apelo para que não esmoreça o impulso no campo de batalha quando se agravarem as condições atmosféricas, o que representará "um desafio para os militares e população" da Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.