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Regionais 2023 Madeira

"O PS-M tem muita gente capaz"

Liliana Rodrigues pede profunda reflexão e apoia a antecipação do congresso num partido em que "foi fracassando a capacidade de lidar com o pensamento divergente"

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Ex-eurodeputada entende que demissão de Sérgio Gonçalves deveria ter acontecido no dia das eleições

A ex-eurodeputada socialista Liliana Rodrigues entende que "qualquer militante pode ser candidato à liderança do PS Madeira". Contudo, julga que antes de avançar com a dança dos nomes, "seria muito mais importante o partido fazer uma profunda reflexão sobre o que tem sido a estratégia política do partido nos últimos  cinco anos", já que desde 2019 que o PS-M "acumula derrotas, perdendo o seu espaço e, por consequência, a sua força eleitoral".

Em declarações ao DIÁRIO, e tendo como pano de fundo o anúncio de Paulo Cafôfo que será candidato à liderança do PS-M, Liliana Rodrigues lamenta que aos poucos, tenha sido "subtraída a capacidade de parar e reflectir sobre o mundo à nossa volta". Por isso, detecta que "foi fracassando a capacidade de lidar com o pensamento divergente".

Pensar diferente não é estar contra. É simplesmente isso: mais uma perspectiva, que deve ser considerada e fomentada. A escuta é a melhor característica de qualquer liderança. Quem não compreende isso não pode ser líder. Não há líderes “melhores”. Há líderes capazes. Essa ideia absurda de que há militantes que são maiores que do que o partido é de uma vaidade básica. Diria até, infantil. Liliana Rodrigues

Julga que no PS Madeira "há muita gente capaz e é nessa reflexão, entre todos, que devemos reunir um compromisso pensando o futuro da Madeira".

Em relação a Sérgio Gonçalves, líder não recandidato, numa análise puramente política, Liliana Rodrigues  entende que só ele poderá responder sobre as razões da sua não recandidatura, embora entenda ser mais ou menos claro que "a demissão deveria ter acontecido no dia das eleições por força dos resultados francamente negativos".

Julga ainda que a antecipação do Congresso é fundamental para que o partido "não fique refém de um tempo que não tem e se preparar para os desafios que se impõem ao PS Madeira e à nossa Região".