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Hezbollah diz ter causado baixas e danos em seis ataques contra forças israelitas

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O Hezbollah garantiu hoje ter infligido baixas e danos em seis ataques contra o norte de Israel, ações que aumentam os receios de que o grupo xiita libanês se envolva diretamente no conflito em Gaza.

A primeira ofensiva foi lançada durante a madrugada de hoje contra um tanque do tipo Merkava das tropas israelitas, à qual se seguiram à tarde dois lançamentos de mísseis teleguiados contra postos militares, um quartel e um sistema de vigilância, informou o movimento libanês, em vários comunicados.

Outro ataque foi com foguetes e metralhadoras contra uma posição de tropas israelitas, e um quinto, com projéteis e diversas armas, incluindo uma não especificada de 57 mm, atingiu um posto militar localizado numa área fronteiriça disputada pelo Líbano.

Segundo as notas, houve também um ataque contra Metula, zona que já foi alvo de ações nos últimos dias.

O movimento xiita garantiu que algumas das suas operações conseguiram hoje infligir baixas e destruir equipamento do Exército israelita, enquanto o número de mortos nas suas próprias fileiras, desde o início da violência na fronteira, subiu para dez, com uma nova morte.

O Exército israelita, por sua vez, revelou que atacou hoje posições da milícia xiita libanesa no sul do Líbano, em resposta ao lançamento de mísseis antitanque.

As forças israelitas, que não confirmaram a existência de vítimas, apontaram os disparos libaneses para as cidades de Manara e Rosh Hanikra, adjacentes à fronteira libanesa perto do Mediterrâneo, e afirmou ter respondido aos disparos.

Além disso, as forças israelitas indicaram ter destruído dois postos militares em território libanês, depois de terem detetado milicianos que tentavam disparar um míssil antitanque e atacado outro posto de onde foi disparado um míssil antitanque perto de Metula.

Anteriormente, Israel também identificou ataques contra os seus soldados em Shtula, um posto militar avançado em Zarit, bem como em Dvoranit e Har Dov, todos eles perto da fronteira libanesa.

Desde 08 de outubro, o Hezbollah e Israel têm estado envolvidos numa série de ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também têm havido algumas ações reivindicadas por fações palestinianas presentes em território libanês.

O Governo libanês mantém contactos nacionais e internacionais há dias para evitar que o país se torne uma segunda frente na guerra de Gaza, uma possibilidade que se tornou mais latente desde a explosão que causou esta terça-feira à noite cerca de 500 mortes num hospital de Gaza, cuja autoria do ataque resultou em troca de acusações entre israelitas e os movimentos armados palestinianos, Hamas a Jihad Islâmica.

A explosão ocorreu no momento em que Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.

A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.