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Aberta investigação a ex-arcebispo de Paris por agressão sexual

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Foto AFP

Uma investigação preliminar foi aberta ao ex-arcebispo de Paris Michel Aupetit por agressão a uma pessoa vulnerável, informou hoje o Ministério Público da capital francesa.

No final de novembro de 2021, Aupetit apresentou a sua renúncia ao papa Francisco, que aceitou de forma imediata, depois de vários jornais terem noticiado uma relação amorosa com uma mulher, que negou categoricamente.

De acordo com o canal de notícias BFMTV, o ex-arcebispo teria mantido uma relação com uma pessoa vulnerável que é alvo de medida de proteção judicial.

Trata-se, segundo fonte familiarizada com o assunto, de "trocas de mails" entre Aupetit e a mulher, cujo consentimento aparente terá de ser confirmado no que diz respeito ao estado de saúde mental.

"Não temos absolutamente conhecimento de uma denúncia, por isso, não podemos dar nenhuma indicação sobre o assunto", declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) o advogado do ex-arcebispo, Jean Reinhart.

Aupetit é ainda processado pela sua gestão de recursos humanos na diocese de Paris.

Entrando de forma tardia no sacerdócio, o bispo -- ordenado aos 44 anos depois de ter exercido medicina por 11 anos -- estava a frente da arquidiocese de Paris desde dezembro de 2017.

O arcebispo, que teve de administrar o incêndio na Catedral de Notre-Dame em 2019, é conhecido pelas suas posições rígidas sobre a família e a bioética. Aupetit apoiava regularmente as "marchas pela vida" contra o aborto.