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Justiça decreta prisão preventiva de 140 envolvidos nos ataques a Brasília

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O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ordenou a prisão preventiva por tempo indeterminado de 140 dos 1.459 seguidores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, detidos pelos ataques em Brasília, em 08 de janeiro, informou hoje o tribunal.

O juiz Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou que 140 dos detidos em flagrante irão para prisão preventiva, medida cautelar que não estipula prazo de prisão, com o objetivo de "garantir a ordem pública".

Os 140 detidos, que foram acusados de "participação em atos de terrorismo" e "destruição do património público", responderão na cadeia pelos crimes de "associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado".

Os suspeitos também foram indiciados por "ameaça, perseguição e incitação ao crime", segundo nota do STF.

Até à próxima sexta-feira, acrescentou o tribunal, será apurada a situação das outras 1.259 pessoas que permanecem detidas.

Em 08 de janeiro, milhares de extremistas que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro na segunda volta das eleições de 30 de outubro invadiram e destruíram a sede do Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.

Na mesma decisão do magistrado outras 60 pessoas detidas obtiveram liberdade provisória por meio de medidas cautelares pedidas pelos seus advogados, mas continuarão respondendo perante a Justiça pelas mesmas acusações.

Os beneficiados com a liberdade provisória também deverão entregar os seus passaportes, comparecer semanalmente às autoridades, usar pulseira eletrónica para serem monitorizados e não poderão sair das suas cidades, entre outras medidas.

Os 1.459 detidos entre 08 e 09 de janeiro já passaram pelas primeiras audiências perante juízes na capital brasileira, enquanto outras 684 pessoas, segundo a Polícia Federal, foram libertadas por serem idosas, doentes ou mulheres com filhos.