Ministério da Educação ou da Instrução?

Afigura-se-nos que a educação é transmitida em casa e a instrução aprende-se na escola para adquirir conhecimento e formação. Os professores estão espartilhados em cerca de vinte sindicatos(!), e esta divisão favorece o Estado, leia-se governo. Desde a permanência medíocre da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que os docentes têm vindo gradualmente a ser desautorizados, desrespeitados, despromovidos socialmente, desprovidos de salário condigno e continuadamente - precarizados. Há muitos professores, que já andam a marcar passo há duas décadas numa inqualificável precariedade laboral(!). A escola está nos cuidados intensivos e caminha para que, no futuro ainda haja menos candidaturas para exercer o ensino. As poderosas lutas de docentes e não docentes, como os atingidos e muito mal pagos, Assistentes Operacionais visam uma escola pública de qualidade, exigindo respeito, dignidade e valorização profissional. Os professores não conseguem viver, com a agravante de terem de andar com a casa às costas, com os insuficientes salários que recebem. Não é populismo afirmar-se, que há milhares de milhões para a banca e para a escola pública há «tostões». Os professores estão prisioneiros de tarefas administrativas, que já foram das secretarias, retirando-lhes muitas horas, que deviam estar consagradas para a preparação escolar, que os alunos merecem. A nobre missão de ensinar deve ser acarinhada, já que preparam o futuro dos estudantes e de Portugal! Assim, a luta de todos os trabalhadores da escola, quem não luta perde sempre, é justíssima! Sem escola pública não há ensino.

Viva a escola pública!

Vítor Colaço Santos