Madeira

"Brigam-se as comadres descobrem-se as verdades"

PTP diz que "em vez de um inquérito para a entrada de membros no governo é preciso um para a saída na Madeira"

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

Em reação, às declarações polêmicas do deputado Sérgio Marques no Diário de Notícias de Lisboa, o Partido Trabalhista Português (PTP) na Madeira, não se mostrou surpreendido pelo que foi revelado e diz que na ilha é mesmo assim", frisando que "brigam as comadres descobrem-se as verdades".

Recordando que "Sérgio Marques acusou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, de ceder a pressões de grupos económicos que resultaram no seu afastamento do Executivo madeirense", os trabalhistas dizem que dessa denúncia "não há novidade nenhuma no que foi dito pelo ex-secretário de Miguel Albuquerque", em nota de imprensa divulgada ontem à noite e assinada por Raquel Coelho.

"Já há muito tempo que o PTP tem vindo a denunciar que a Madeira é controlada pelo poder económico, que põe e dispõe, desavergonhadamente, do governo e do orçamento regional", lembrou. "No nosso arquipélago, em vez de um inquérito para a entrada de membros no governo é preciso um para a saída, ao contrário, do que se passa na República", referiu Raquel Coelho, em tom irónico.

"Quando são convidados a abandonar o cargo, normalmente, é porque pisaram os calos dos lobbies que controlam o partido do poder", reforça. "Nas decisões de quem fica e quem sai, o bom serviço à população é a última coisa a se ter em conta",  acrescenta ainda.

"Pena é que os nossos governantes, só abrem a cortina para o que se passa nos bastidores quando são saneados, porque enquanto estão em funções, deixam passar toda a sorte de arbitrariedades que acabam incólumes e impunes", criticou a dirigente trabalhista.