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Forças sírias apoiadas pelos EUA libertam mulheres em ataque ao Estado Islâmico

Foto DR/ievren.org
Foto DR/ievren.org

Soldados sírios apoiados pelos Estados Unidos da América (EUA) disseram hoje ter concluído uma operação num campo situado no nordeste da Síria que alberga dezenas de milhares de mulheres e crianças ligadas ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Dezenas de extremistas foram detidos e foram confiscadas armas na operação no campo de al-Hol, que começou a 25 de agosto, disseram as forças apoiadas pelos EUA, adiantando que dois dos seus combatentes foram mortos em confrontos com extremistas dentro do acampamento durante a operação.

Também foram descobertas células a preparar uma nova geração de militantes - rapazes e raparigas alimentados com ideologia extremista para eventualmente tentarem criar um segundo chamado califado do EI.

A operação em al-Hol, na província nordeste de Hassakeh, também levou à libertação de duas raparigas Yazidi retiradas do Iraque como escravas sexuais há alguns anos e quatro mulheres não Yazidi, que tinham sido acorrentadas e sujeitas a tortura.

"A operação foi lançada na sequência dos crescentes crimes de assassinato e tortura cometidos pelas células ISIS contra os residentes do campo", disse o comunicado das forças apoiadas pelos EUA, utilizando outro acrónimo para o EI. Acrescentou que, desde o início do ano, os extremistas mataram 44 residentes do campo e trabalhadores humanitários.

O comunicado refere também que 226 pessoas, incluindo 36 mulheres, foram detidas em al-Hol - amplamente visto como um terreno fértil para o grupo terrorista.

Cerca de 50 mil sírios e iraquianos estão amontoados em tendas no campo cercado. Cerca de 20 mil são crianças, sendo a maioria dos restantes mulheres, esposas e viúvas de combatentes do EI.

Numa secção separada e fortemente guardada do campo, há mais duas mil mulheres de 57 outros países - são consideradas as apoiantes mais duras do EI - juntamente com os seus filhos, num total de cerca de oito mil.

O campo foi inicialmente utilizado para abrigar as famílias dos combatentes do EI em finais de 2018, quando as forças curdas lideradas pelos EUA recapturaram o território na Síria Oriental.

Os Estados Unidos e outras nações esforçaram-se para repatriar as famílias, mas tiveram um sucesso muito limitado.