Madeira

Região com cada vez menos nascimentos

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Foto DR

Por ocasião do Dia da Criança - 1 de Junho - decorre, hoje, na sala da Assembleia Municipal, um debate sobre a crise demográfica.

'A Matemática da Natalidade' é o tema debatido, onde a "tendência de decréscimo da natalidade observada (...) reflecte-se com a redução do número de alunos", reiterou José Luís Nunes, presidente da Assembleia Municipal do Funchal.

O debate pretende abordar a natalidade através das perspectivas da educação e do apoio social.

Caminhamos para uma "população envelhecida, com esperança de vida maior, mas não havendo neonatos [recém-nascidos] logicamente, em termo de contributo social, vai ser menor e vai por em causa, todo o percurso da nossa civilização".

Na Região a natalidade começou a diminuir nos anos 60 após a implementação "do planeamento familiar".

"Na altura nasciam 8-10 filhos por casal. A mãe não trabalhava, estava em casa, actualmente é difícil termos um por casal".  José Luís Nunes, presidente da Assembleia Municipal do Funchal.

Relativamente aos nascimentos na Região os valores rondam os "0,9 ou voltar de 1,3 por casal".

As causas são variadas, mas José Luís Nunes afirma que "essencialmente foi a evolução social", ou seja, a mulher acabou por ter, com o passar dos anos, um papel cada vez mais activo na sociedade. Foi apontado igualmente o planeamento familiar como consequência da falta de natalidade.

Nos anos 60 precisávamos de duas mães para ter 10 filhos, agora, em 2010, temos sete mães para ter 10 filhos. E vai faltar mães porque se nascem menos vamos ter menos mães".  José Luís Nunes.

A solução passa pelos jovens: "Mãe quanto mais cedo para engravidar, até para poder ter mais do que um filho".

"Antigamente tínhamos mães com 8 - 10 filhos, nós agora temos mães com um filho, dificilmente dois, rarissimamente três". José Luís Nunes.

A vinda dos luso-venezuelanos para a Região, durante algum tempo, fez com que existisse esperança de um aumento de natalidade, mas "mesmo assim não subiu".

Isto significa que se "não tivéssemos estes partos luso-venezuelanos ainda teríamos muito menos recém-nascidos", concluiu o presidente da Assembleia Municipal do Funchal.

Nesta iniciativa estão presentes cerca de 40 pessoas de diversos órgãos.