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Hungria avisa que não vai apoiar proposta de intervenção na Ucrânia

Foto EPA/Fernando Villar
Foto EPA/Fernando Villar

O primeiro-ministro da Hungria avisou hoje que não apoiará nenhuma proposta que envolva a NATO na guerra na Ucrânia, alegando que se trata de um conflito apenas entre a Rússia e a Ucrânia, refere a agência estatal MTI.

"Não apoiaremos nenhuma proposta que possa envolver a NATO e a Hungria neste conflito, já que esta é uma guerra russo-ucraniana e a NATO é uma aliança de defesa", afirmou o ultranacionalista Viktor Orbán, segundo o seu assessor de imprensa, Bertalan Hevesi depois de uma reunião do primeiro-ministro húngaro com o colombiano Andrés Pastrana, presidente da Internacional Democrata Centrista.

Orbán chegou a Madrid na terça-feira à noite para participar na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), onde apoiará os esforços para restaurar a paz na Ucrânia, adiantou o seu assessor de imprensa.

"Em vez de escalar a guerra, a Hungria apoia os esforços pela paz", disse o chefe do Governo após o jantar oferecido pelo Rei e Rainha de Espanha aos chefes de Estado e de Governo participantes no encontro.

Hevesi destacou que a solução para o conflito está no estabelecimento rápido de um cessar-fogo e na abertura de negociações de paz.

A resposta à invasão russa da Ucrânia é uma das principais questões que os países membros da Aliança vão tratar.

O secretário-geral da organização anunciou hoje que irá aumentar as forças de reação rápida dos atuais 40 mil efetivos para 300 mil até ao próximo ano, sendo que os reforços serão distribuídos pelos países do leste da Europa.

Jens Stoltenberg afirmou que as forças em questão vão ser "pagas e organizadas pelos diferentes Aliados NATO, ficarão baseadas nos seus países de origem, mas vão ser atribuídas previamente a países e territórios específicos, para serem responsáveis pela proteção desses territórios".

O secretário-geral da Aliança exemplificou com o caso alemão, que destacou uma "força específica para a proteção da Lituânia", e afirmou que o leste da Europa será o principal terreno ao qual as forças de reação rápida serão atribuídas.