Guerra e paz

Está quase tudo dito e visto da guerra que Putin impôs à Ucrânia com o seu cortejo de morte, atrocidades e destruição. Com maior ou menor brevidade, maior ou menor destruição, mais ou menos mortos, a Rússia de forma ilegítima e violando o Direito Internacional conseguirá pela brutalidade e força das armas usurpar uma parte da Ucrânia.

Quem sairá desta guerra a ganhar?

Tendo em conta o resultado que se antevê com Putin a conseguir atingir os objetivos a que se propôs será ele o vencedor, mas não a Rússia nem tão pouco o povo russo que só se dará conta que andou a ser enganado por Putin quando e se forem repostas as liberdades democráticas que ele suprimiu à conta da guerra e ainda menos a Ucrânia e o seu martirizado povo. A Ucrânia foi uma espécie de cobaia para testar tanto os princípios e interesses antidemocráticos da Rússia de Putin que contou com o apoio da oligarquia da ditadura comunista que governa a China, como os princípios e interesses das democracias ocidentais que fazem parte da NATO. Tanto uns como outros irão tirar as ilações das suas estratégias a nível político, económico e militar decorrentes deste conflito à custa do sacrifício da Ucrânia e do seu povo. Por mais dura e injusta que seja a realidade dos factos impõe-se desde já tudo fazer para evitar uma escalada desta guerra nomeadamente que a mesma se alastre aos países vizinhos e descambe num conflito mundial. Não será fácil porque a Putin interessa-lhe prolongar a guerra e aguardar que nos países democráticos por força do ricochete das sanções impostas à Rússia estale a contestação com manifestações mais ou menos violentas contra os respetivos governos, ao contrário do que acontece com o povo russo que ele tem conseguido anestesiar politicamente. O prolongamento desta guerra apenas servirá os objetivos políticos antidemocráticos de Putin e da oligarquia comunista da China, pelo que urge conseguir a paz e pôr fim ao brutal sacrifício a que a Ucrânia e o seu povo foram sujeitos.

Leitor identificado