Em resposta às intervenções do PS na Assembleia Municipal do Funchal, o presidente da Câmara Municipal do Funchal questionou se estes terão a coragem de ir dizer aos bombeiros, sob tutela da autarquia, que o quartel foi dado como garantia para assegurar o valor em dívida, uma vez que a infraestrutura é da CMF.

Isto porque a Administração Tributária estará para executar uma dívida de cerca de 200 mil euros da  autarquia do Funchal que é outra das acções alvo.

Pedro Calado acusou a deputada municipal Andreia Caetano de "incompetente". E ainda disse: "Só por respeito não lhe levanto um processo. O facto de vir questionar que o um elemento do governo, enquanto vice-presidente, pode interferir com uma acção da Autoridade Tributária."

Andreia Caetano respondeu, alegando à "demagogia" do autarca. Isto porque, defendeu, o facto de o quartel dos Bombeiros ter sido dado como garantia para suspender uma execução fiscal não leva a que diga que os bombeiros iriam perder o seu quartel.

Alexandre Silva, deputado do PSD, diz que quando a anterior vereação entrou havia provisões de no máximo 700 mil euros, tendo a actual vereação herdado milhões em provisões e centenas de processos, com litigâncias sem fim, tendo deixado uma "autêntica bomba relógio" para ser resolvida.

Questionado pelo deputado do MPT, Valter Rodrigues, sobre que garantias iria dar aos funchalenses de que a dívida de 41 milhões de euros não iria recair aos seus bolsos, para terem de pagar essa conta em aumento de impostos, Pedro Calado foi peremptório: "Com trabalho."

A prestação de contas consolidadas (inclui as da autarquia e das empresas municipais) de 2021 foi aprovada pela maioria.

São 10 pontos em discussão e apenas dois já foram debatidos e votados. Os trabalhos retomam às 14horas.