Madeira

Bloco de Esquerda propõe soluções em defesa da Escola pública

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O Bloco de Esquerda emitiu esta tarde um comunicado em que aponta os desafios que se colocam à Escola Pública, com os quais está preocupado e para os quais todos procurar soluções, destacando nomeadamente a fusão de escolas e a falta de professores, e dizendo que o Governo Regional está a seguir uma política errada na abordagem e resolução destas questões.

“O secretário da Educação tem vindo a impor a fusão de diversas escolas do 1.º ciclo com escolas do ensino básico como a única solução para o problema, com um propósito meramente economicista e que não tem em conta a promoção de um ensino de qualidade, que não tem em contas as condições físicas dos equipamentos e infraestruturas, a capacidade dos docentes e não docentes em receberem mais alunos nas escolas para onde serão transferidos e, principalmente, não tem em conta as crianças e as suas família, a sua qualidade de vida”.

Entende o BE que estas fusões significam a criação de mega escolas e trazem desde logo duas consequências que em nada contribuem para o sucesso escolar: o aumento do número de alunos por sala – sabemos que isso prejudica e desestabiliza muito o processo de aprendizagem, não é possível acompanhar os alunos com mais dificuldades de forma adequada, ainda para mais numa altura em que as questões da saúde mental afectam 1/3 das nossas crianças e jovens, segundo 1 estudo recente do Ministério da Educação;

O Bloco propõe assim a reversão destas fusões e que o espaço escola seja também de inclusão e que se promova, por exemplo, formação para adultos e desenvolvimento de projectos culturais e desportivos que envolva a comunidade.

Defendem ainda um ensino de qualidade, com turmas até 18 alunos, que respeite os tempos de aprendizagem, que apoie os alunos com mais dificuldades, que promova a inclusão das crianças com necessidades especiais com o apoio especializado de mais técnicos.

"Outro problema estruturante da educação é a falta de professores, e o secretário da educação não pode continuar simplesmente a atirar as culpas para Lisboa. A educação está regionalizada e é dever do Governo Regional encontrar soluções para este enorme desafio, que a fusão de escolas não irá resolver", apontam.

O Bloco de Esquerda propõe, como forma de minimizar, no imediato, este problema a vinculação dos cerca de 400 docentes com contratos precários, alguns com mais de 10 anos de serviço, a criação de um regime de compensações para os docentes deslocados, pois, como sabemos, há um número considerável de professores continentais a lecionar na RAM e essa seria uma maneira de os incentivar a ficar por cá.