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Reino Unido e Japão oficializam ontem um acordo de colaboração na área da defesa

Foto EPA/LUONG THAI LINH
Foto EPA/LUONG THAI LINH

Londres e Tóquio preparam-se para oficializar um acordo de defesa, que pretende fortalecer as relações na região do Indo-Pacífico, durante a visita, esta quinta-feira, do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida ao Reino Unido.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o homólogo japonês, devem anunciar o entendimento sobre o princípio de um "Acordo de Acesso Recíproco", que permite às forças japonesas e britânicas trabalharem, treinarem e operarem em conjunto.

A iniciativa reforça assim o compromisso do Reino Unido no Indo-Pacífico e preserva ainda mais a paz e segurança global, realçou Downing Street em comunicado.

"O Reino Unido será o primeiro país europeu a ter tal acordo com o Japão", sublinha o gabinete do primeiro-ministro britânico.

A cerimónia, que junta Johnson e Kishida, contará com o voo de exibição de três aeronaves da Royal Air Force e uma guarda de honra.

Os líderes japoneses e britânicos, terceira e quinta maiores economias do mundo, respetivamente, vão também discutir a invasão russa da Ucrânia e o meio ambiente, incluindo a transição para energias mais verdes, ajudando a oferecer alternativas ao petróleo e gás russo, sublinhou também Downing Street.

Londres deverá ainda anunciar a nomeação de Greg Clarck como o novo enviado comercial para o Japão, numa fase em que o Reino Unido negoceia a entrada no Acordo Progressivo e Abrangente para a Parceria Transpacífica (CPTPP).

Japão e Reino Unido estão entre os 14 países que enviaram tropas em agosto para o exercícios militares anuais entre os exércitos indonésio e norte-americano no arquipélago de Sumatra e na ilha de Bornéu, num momento de aumento de tensões com Pequim no mar da China Meridional, uma área para transporte comercial, a maior parte da qual é reivindicada pela China.

O Reino Unido também celebrou com os Estados Unidos e a Austrália um pacto de segurança, Aukus, na zona do Indo-Pacífico, que visa combater a influência da China.