A Guerra Mundo

Le Pen e Orbán criticam sanções "erradas e perigosas" contra a Rússia

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FOTO EPA/VIVIEN CHER BENKO/HUNGARIAN PRIME MINISTER PRESS OFFICE

A líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, criticaram hoje, em Paris, a União Europeia (UE) pelas sanções "erradas e perigosas" impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia.

Os dois políticos discutiram questões relacionadas com a guerra na Ucrânia e as suas consequências, bem como a inflação e as "políticas de sanções erradas e perigosas de Bruxelas", disse o porta-voz de Orbán à agência noticiosa húngara MTI.

O mesmo porta-voz disse que Orbán e Le Pen apelaram à unidade dos "partidos europeus que representam valores tradicionais" para defender os cidadãos europeus em tempos de guerra.

O gabinete de imprensa do primeiro-ministro da Hungria não deu mais pormenores sobre a viagem de Orbán a França, nem sequer se irá ter outros encontros, segundo a agência espanhola EFE.

A Hungria opõe-se à inclusão do embargo petrolífero russo no sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia devido ao impacto económico que teria no país, que depende dos fornecimentos russos.

O Governo de Budapeste exigiu à UE uma isenção do embargo durante pelo menos quatro anos e fundos para reequipar as infraestruturas energéticas da Hungria para poder receber petróleo de outras origens.

A proposta de novas sanções da UE contra a Rússia prevê prazos mais longos para a Hungria, a Eslováquia e a República Checa iniciarem o embargo à importação de petróleo russo, mas o impasse ainda não foi ultrapassado.

As novas sanções agravam as que a UE e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado contra a Rússia desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

A invasão desencadeou uma guerra que continua sem um balanço de vítimas após três meses de combates, mas que diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será elevado.

Ao intervir por vídeo no Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça), na segunda-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou para o reforço das sanções contra a Rússia, incluindo um embargo petrolífero, o bloqueio de todos os seus bancos e a retirada das empresas estrangeiras do mercado russo.