A Guerra Mundo

Canadá inclui as duas filhas de Putin no novo pacote de sanções à Rússia

Putin em 2002 com as duas filhas (de costas) e a ex-mulher.   Foto Kremlin.ru
Putin em 2002 com as duas filhas (de costas) e a ex-mulher.   Foto Kremlin.ru

O Canadá incluiu as duas filhas de Vladimir Putin nas novas sanções económicas à Rússia devido à invasão da Ucrânia, que afetam ainda outras 12 pessoas próximas do Presidente russo, incluindo oligarcas, foi hoje divulgado.

As duas filhas de Putin alvo de sanções pelo Canadá são Ekaterina Tikhonova e Maria Vorontsova, fruto do casamento do chefe de Estado russo com a agora sua ex-mulher Liudmila Pútina.

Nas últimas semanas, Tikhonova e Vorontsova foram adicionadas a listas de sanções da União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e Japão.

O governo canadiano visou ainda na nova ronda de sanções oligarcas como Petr Aven, que até março deste ano dirigia o Alfa-Bank, o maior banco comercial da Rússia, Oleg Boyko, presidente do Finstar Financial Group, e Mikhail Fridman , cofundador do Alfa-Bank, nascido na Ucrânia e com nacionalidade russa e israelita.

Também estão incluídos nesta lista Igor Makarov, ex-ciclista profissional e presidente do Areti International Group, Elvira Nabiullina, governador do Banco Central da Rússia, Sergei Roldugin, amigo pessoal de Putin, Maria Lavrova, mulher do chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov, assim como a filha, Ekaterina Vinokurova.

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, assegurou em comunicado que Otava irá continuar a impor "custos significativos ao regime russo" em coordenação com os aliados, ao mesmo tempo que pressiona as autoridades russas a serem responsabilizadas pelas suas ações na Ucrânia.

"Eles irão responder pelos seus crimes", sublinhou.

Desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014, o Canadá impôs sanções a mais de 1.200 indivíduos e entidades, incluindo empresas, centros e instituições de investigação e desenvolvimento da Rússia, Bielorrússia e Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.