A Guerra Desporto

Confederação Europeia de Voleibol suspende selecções, clubes e atletas russos

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Seleções, clubes e atletas russos e bielorrussos não estão elegíveis para participar nas competições europeias de voleibol, uma decisão que entra em vigor com efeito imediato, face à invasão da Ucrânia pela Rússia, informou hoje a Confederação Europeia (CEV).

"A CEV declara que todas as seleções, clubes, oficiais, atletas de voleibol de praia e de neve da Rússia e da Bielorrússia não são elegíveis para participar nas competições europeias. A decisão entra em vigor com efeito imediato e até novo aviso", pode ler-se no comunicado divulgado hoje, na página oficial do organismo na internet.

De acordo com a CEV, o Conselho de Administração da entidade "suspendeu também todos os membros das Federações Nacionais da Rússia e da Bielorrússia das suas respetivas funções nos órgãos da CEV até novo aviso".

Perante "circunstâncias sem precedentes, a família do Voleibol Europeu espera que a situação melhore para que a modalidade possa voltar a cumprir o seu papel e missão de unir as pessoas num espírito de jogo limpo, amizade e respeito mútuo".

O Benfica, que integrava o Grupo D da Liga dos Campeões, concluiu em terceiro lugar, com cinco pontos, atrás dos russos do Zenit, segundo, com 11, que se apuraram para os quartos de final da prova.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.