A Guerra Mundo

Zelensky agradece a Marcelo apoio militar e fecho de espaço aéreo

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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje ao homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, o apoio prestado por Portugal à Ucrânia, nomeadamente o envio de equipamento militar e o fecho do espaço aéreo à Rússia.

"Juntos, mais fortes", escreveu Zelensky na conta oficial da presidência ucraniana na rede social Twitter.

O chefe de Estado ucraniano ligou hoje à tarde ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que lhe reiterou a "condenação veemente" de Portugal à invasão russa da Ucrânia e o "apoio solidário à corajosa resistência ucraniana", segundo uma nota publicada na página oficial na internet da Presidência portuguesa.

Volodymyr Zelensky refere no Twitter que falou com Marcelo Rebelo de Sousa, a quem agradeceu o encerramento do espaço aéreo português a aviões russos, o apoio de Portugal à exclusão da Rússia da plataforma interbancária internacional Swift e a "assistência de defesa concreta".

"Portugal forneceu armas, meios de proteção individual e outros equipamentos à Ucrânia", salientou.

De acordo com a página oficial da Presidência da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou hoje ao homólogo ucraniano que o apoio de Portugal à Ucrânia tem sido concretizado através do Governo, "nomeadamente através dos ministérios competentes".

O Ministério da Defesa Nacional informou no sábado à noite que Portugal vai enviar equipamento militar para a Ucrânia "a pedido das autoridades ucranianas".

Da lista de material fazem parte "coletes, capacetes, óculos de visão noturna, granadas e munições de diferentes calibres, rádios portáteis completos, repetidores analógicos e espingardas automáticas G3", precisou.

Por outro lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje que Portugal vai fechar o seu espaço aéreo a companhias aéreas russas, após vários países europeus terem tomado a mesma medida.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.