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Dois inspectores do SEF recusam revista e embarcam em voo da TAP

Quando passavam pelo pórtico de segurança, este alarmou, mas os dois elementos recusaram a revista pelos seguranças da empresa privada que presta serviço no Aeroporto de Lisboa

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Dois inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) recusaram ser revistados no Aeroporto de Lisboa e embarcaram num voo da TAP com destino à Guiné-Bissau, avançaram hoje fontes aeronáuticas à agência Lusa.

Segundo estas fontes, quando os inspetores do SEF passavam pelo pórtico de segurança, este alarmou, mas os dois elementos recusaram a revista pelos seguranças da empresa privada que presta serviço no Aeroporto de Lisboa, e embarcaram, sem serem revistados, no voo da TAP com destino à Guiné-Bissau, pelas 09:00 de quinta-feira.

Contactado pela Lusa, o SEF disse hoje que foi notificado da ocorrência pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), tendo ordenado a abertura de um "processo de averiguações".

"A Direção Nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclarece que foi notificada ontem [quinta-feira] pela ANAC sobre o assunto em apreço e, de imediato, mandou instaurar um processo de averiguações para o cabal apuramento dos factos", lê-se na resposta escrita enviada pelo SEF.

A ANAC respondeu, por seu lado, que "está a averiguar os exatos contornos da situação", sublinhando que "retirará as devidas consequências previstas na lei".

De acordo com as mesmas fontes aeronáuticas, quando a tripulação foi informada pela Torre de Controlo de Lisboa de que levava a bordo dois passageiros que se tinham recusado ser revistados, já o A-320 da TAP estava a entrar em espaço aéreo de Marrocos, com o comandante a decidir prosseguir a viagem.

A Lusa contactou a Direção Nacional da PSP sobre esta situação, nomeadamente se polícias presenciaram a ocorrência e, caso afirmativo, porque razão não impediram o embarque dos dois inspetores do SEF.

A Direção Nacional da PSP respondeu que "não comenta a situação em apreço".

Outra fonte aeronáutica disse, contudo, à Lusa que "os protocolos foram cumpridos", acrescentando que os agentes policiais foram chamados, mas que, quando chegaram à zona dos pórticos, os inspetores do SEF já tinham embarcado.

A Lusa contactou a ANA -- Aeroportos de Portugal, gestora aeroportuária, mas não obteve resposta.