A Guerra Mundo

Rússia espera resposta ucraniana sobre negociações até às 15 horas locais

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Foto AFP

A Rússia vai aguardar até às 15:00 locais (12:00 em Lisboa ou GMT) por uma resposta da Ucrânia sobre a realização de negociações na cidade bielorrussa de Gomel, apesar de o Presidente ucraniano já ter recusado esta proposta.

O anúncio do prazo, para uma resposta por parte dos ucranianos, foi feito hoje pelo assessor da Presidência russa e chefe da delegação negociadora, Vladimir Medinski, segundo avançam as agências internacionais.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que representantes dos "ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e de outros serviços, designadamente da presidência russa" chegaram à cidade de Gomel, na Bielorrússia, para negociar com os responsáveis ucranianos.

"A delegação russa está pronta para começar e agora esperamos pelos ucranianos", disse o mesmo porta-voz, citado pelas agências internacionais. A cidade indicada pelos russos para as negociações foi Gomel.

Numa mensagem e vídeo em que reage à proposta russa, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o seu país está pronto para negociações de paz com a Rússia, mas não na Bielorrússia.

Volodymyr Zelensky indicou Varsóvia, Bratislava, Istambul, Budapeste ou Baku como locais alternativos para decorrerem as negociações.

O Presidente ucraniano considerou ainda que há outros locais possíveis para que delegações de ambos os países se possam sentar à mesa de negociações, mas deixou claro que a Ucrânia não aceita a escolha feita pela Rússia -- de que decorram na Bielorrússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira, através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e do território russo a nordeste e a leste.

As autoridades ucranianas contabilizaram já a morte de pelo menos 198 pessoas, incluindo civis, desde o início da invasão russa.

O ataque russo tem sido amplamente condenado em todo o mundo e vários países, com destaque para os ocidentais, aprovaram sanções económicas para punir o regime de Moscovo.